domingo, 8 de janeiro de 2017

Novo rumo. Novos passos.

Poucos me conhecem por muitos anos ou profundo o suficiente para saber o que realmente gosto, exceto o básico.


Futebol - check
Alemanha - check
Star Wars - check
Cachorros - check
Egito - check


Mas se eu dissesse que esse meu amor pelo Egito é muito mais do que um hobby?


Sempre fui apaixonada pelo Egito Antigo, Grécia Antiga, civilizações antigas num geral. Sempre me interessei pelas histórias dessas pessoas que estão tão perto e ao mesmo tempo tão longe de nós. Como e por que eles acreditavam em tantos deuses? Como eles construíram tudo aquilo? Como eles eram mais ligados à natureza do que nós? Quais eram seus rituais e o que eles significavam? Como nós já descobrimos tanto e ao mesmo tempo falta muito mais coisa a ser descoberta?

Antes de concluir o ensino médio, já estava matriculada no curso de Relações Internacionais. Eu ainda tinha 16 anos. Eu não sabia muito bem o que esperar. Eu achava que seria um caminho mais curto para ir à Alemanha. Foi um grande erro não ter pesquisado o suficiente, mas passei por algumas coisas naquela época que talvez fizesse sentido como eu agi. Após me formar em RI, fiz Jornalismo, porque achava que queria trabalhar com futebol. Eu amo escrever, amo futebol e tenho diversas ideias de como misturar futebol com muita coisa de RI, porém, infelizmente as pessoas querem o básico: o placar do jogo falando quem jogou bem ou mal, analisar se o volante fez boa distribuição de bola ou se aquele gol foi ou não falha do goleiro. Não que isso não seja importante, mas eu não nasci pra isso. Se eu fosse escrever sobre futebol, queria sair do comum e fazer algo bem diferente e elaborado. E, é claro, não copiar e colar de sites internacionais, o que infelizmente acontece direto nos meios de comunicação daqui. 

Há exatos 10 anos, comecei meu primeiro semestre de Relações Internacionais. Muitos dizem que entrei no período certo, mas muitos dizem que eu deveria ter esperado. Mas eu fiz e aprendi muita coisa, assim como Jornalismo. Tenho uma visão muito ampla do mundo e um senso analítico apurado. Não o demonstro em redes sociais, principalmente Facebook, uso essa ferramenta para entretenimento, não para debates. 

Não precisa de legenda
Quando penso em Arqueologia, muitas lembranças da minha infância surgem, como os filmes que assisti e me inspiraram (A Múmia, Tomb Raider, Indiana Jones, etc.) e as matérias que eu assistia na TV aberta. Nunca vou me esquecer de uma maçaneta de bronze que ficava no fundo de um corredor minúsculo numa pirâmide. Eu fiquei semanas desenhando um possível robô para abrir a maçaneta e descobrir o que havia lá dentro.

Desde sempre gosto do deus egípcio Anubis e da deusa grega Athena (não por causa de CDZ). Coleciono estátuas do Anubis e, quando fui a Orlando, o brinquedo que mais me surpreendeu foi The Revenge of the Mummy porque havia uma estátua do Anubis na entrada, a fila simulava o interior de uma tumba, com duas "pegadinhas" para os desavisados, um Anubis GIGANTE e a melhor montanha russa indoor já feita, com fogo!!!!


Não é a coisa mais linda? Estátua gigante de Anubis na Universal Studios

Todas as provas possíveis sempre estiveram presentes em minha vida. Sempre busquei informações sobre esse assunto, seja algo simples ou para conhecimento avançado. Talvez eu não quisesse ver por saber que aqui em São Paulo é muito difícil seguir nessa carreira. Apenas a USP oferece, mas como curso de pós graduação e em período integral. Poucas pessoas têm o luxo de não trabalhar e passar o dia estudando, infelizmente não é o meu caso. Talvez seja isso que tenha me desanimado tanto e feito "esconder" meu real desejo e sonho. Um pouco também, talvez, do pensamento das pessoas próximas. Ainda sou afetada por isso, mas menos do que antes.

Mas percebi que apesar de tudo, não é motivo para desistir. Apesar de me olhar no espelho e me achar um pouco velha (sim, tenho 27 anos e me acho velha, difícil de entender, eu sei), ainda dá tempo. Posso usar todo o conhecimento que tive em cursos anteriores para me tornar uma especialista melhor e com uma visão diferenciada.

Não posso ter certeza de que dará certo, só se eu tentar. Então acho que essa é a melhor coisa que eu posso fazer. "Nossa, Juliana, você quer ficar limpando restos de vasos de 5 mil anos?" Sim, quero e acho isso mais produtivo do que ficar o dia inteiro no computador procurando um sentindo para a vida.