sábado, 4 de abril de 2015

Pensamentos no ônibus

Já é tarde. Muitas pessoas ainda estão a caminho de casa. Aqui dentro do ônibus, com os fones de ouvido, eu vejo a marginal, vejo os carros, o trânsito, as pessoas nos pontos.

Eis que reparo num trecho da música "não é solidão amar e desejar a vida que não deu as mãos..." Apesar de adorar a música, sempre me perguntei se isso era verdade. A situação de ser rejeitado por alguém pode caracterizar em solidão? Ou é apenas um estranhamento momentâneo?

E quando a solidão existe sem estar faltando alguém específico? Isso é possível?

E quando começo a pensar nisso, começa a tocar "Do You Wanna Bild a Snowman?". Estranha coincidência.

Retomando, acho que a saudade não é de alguém, mas de momentos, de ações, de sensações. Ou será possível sentir saudades de quem você ainda não conhece? Ou que conhece pouco e gostaria de conhecer mais?

E como saber se o que falta é isso ou esse alguém desconhecido? Será que existe alguma forma ou manual que nos ajude a compreender isso?

Será que essas dúvidas só me importunam ou há mais pessoas sem entender ou saber o que fazer? E o que fazer quando você passa por alguém que só uma única troca de olhares te desconcerta e dificilmente você cruzará com essa pessoa novamente? Parar e falar ou simplesmente deixar ir?

Eu já chorei inúmeras vezes por não me entender. Eu acho engraçado e, ao mesmo tempo triste, não conseguirmos entender a nós mesmos e, quando achamos que conseguimos, estamos completamente errados. 

Eu não me entendo e sei que estou muito longe disso. Eu sou uma pessoa curiosa e pessoas diferentes ou com algo a mais me intrigam e atiçam minha curiosidade e interesse. Talvez eu seja a pessoa que mais me interesse pelo fato de eu me descobrir um pouco a cada dia.

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